sábado, 23 de agosto de 2008

Casa de verão


Verão na Dinamarca, um dos mais quentes de toda a história. Acho que é por que estou aqui. Estou errada?? Fomos pra casa de verão da irmã da Winie. Minha família dinamarquesa convidou a Débora pra passar os dias conosca lá, mas ela só chegou dois dias depois. O lugar era bem bonito, eles chamam de cidade de praia, é estranho pois as pessoas não podem morar lá, apenas passar dias... diferente isso. Estava tudo muito legal, eu estava amando essa minha nova vida e isso me fez triste, pensei demais nos meus pais, irmãos e familiares que estavam no Brasil com a mesma vida de sempre, porém sem mim, enquanto eu estava com uma vida nova, divertida, na Europa... Jesper (meu “pai dinamarquês”) percebeu que eu estava triste e questionou o que estava havendo. Contei o que estava sentindo. Meu inglês não era bom, mas estava melhorando. Ele disse que eu estava completamente errada, que ele como pai queria apenas a felicidade dos filhos, independente do lugar que eles estivessem. Claro que ele sentiria falta, e que meus pais também sentem a minha, mas eles querem a minha felicidade. Depois desse papo percebi que ele estava certo. Disse que eu era certinha demais, tinha era que fazer coisas erradas e loucas na minha vida... Não estava tão certo assim.
Dois dias depois Deb chegou, fiquei muito feliz! Ela já era uma super amiga pra mim, eu sabia que iríamos nos divertir lá. Fomos à praia todos os dias, almoçamos em restaurante Italiano e tudo mais. Um dia a noite fomos pra uma “balada”. Winie nos levou lá e pediu que ligássemos quando terminasse. Primeiro fomos a um hotel que tinha boliche. Não jogamos, apenas olhamos e tomamos uma coca-cola. Depois fomos a um bar e tomamos um café. Ainda fomos em um lugar dancante, mas só tinham adolescentes lá, um horror. A mocinha que atendia o balcão estava sem blusa e sem sutiã, com os peitos de fora mesmo. Tem gente que quer se aparecer... A “boate” fechou as 3 da manhã, pagamos pra ficar 30 minutos no lugar, Débora queria me matar por isso. Ficamos com vergonha de ligar pra Winie nos buscar, resolvemos esperar um pouco. Estava frio, mas... Dormimos na rua! Sim, somos malucas. Acho que ouvi o que o Jesper me disse, fazer coisas erradas e loucas. Depois de duas horas liguei e Jesper foi nos buscar. Ele chegou, estava ouvindo música e mascando chiclete, cabelo penteado... Fiquei totalmente envergonhada e disse que era a primeira e última vez que estava fazendo aquilo. Ele perguntou : Aquilo o que? Eu disse que não ligaria pra me buscar de “baladas” e que estava envergonhada, pedi desculpas. Ele disse que isso não era um problema, ele iria voltar pra cama, e tranqüilo, mas mesmo assim fiquei com vergonha, afinal de contas fazia apenas 2 meses que eu estava com eles, não era tão íntima. Mas depois dessa semana na praia fiquei mais íntima de todos, me senti mais em casa.

3 comentários:

Anônimo disse...

Lendo seu post quase morri de rir da bartender: atender os clinetes sem blusa,sem sutia com tudo de fora foi realmente demais.

Mandy disse...

amiiigaa... assim c me matah....
kkkkkkkkkkkkkkk
dormindo na ruaa???
essa parte de sua vida eu naum sabia!!!

hausahusaushsaha

bjaum

Vida nova em terra distante disse...

é meninas, a vida é mesmo CHEIA de surpresas.
Eu também não esperava uma atendente numa boate pra adolescentes com os seios de fora... e dormir na rua, bom, confesso que na estação de trem é menos frio hehehe

bjos