sábado, 23 de agosto de 2008

A partida


Como sempre deixamos muitas coisas pra fazer na última hora, a semana foi corrida. Meu último dia com minha família foi no dia 7 de maio, um domingo. Fomos à feira comer pastel, minha mãe fez strogonoff, meu pai comprou batata congelada pra fritar, foi muito bom. Ana Paula e Laurinha me visitaram, Tia Angélica com as criancas também. Algumas pessoas me ligaram como: Elenice, Tio Adilson, Mary, Vovó Antonia... Chorei um pouco, não foi um dia fácil. Tive algumas festas de despedida com o pessoal da igreja dias antes e com alguns amigos que estudaram comigo, Aline , Flávio e Marlon, sempre presentes em minha vida.
Deixei minha casa no dia 8 de manhã. Bruna, Gabriel e meu vozinho que estava em casa nem desceram, preferiram me ver da sacada. Minha mãe chorou muito, disse que não sabia que seria tão difícil a nossa separacão, e meu pai se segurou e não chorou, ele se fez de durão mas tem um coracão mole, mole.
Fui de van pra São Paulo, chorei durante grande parte da viagem, sabia que ficarai muito tempo longe das pessoas que eu mais amavama.
Cheguei no aeroporto e esperei um pouco. Pensei em desistir, mas era meu grande sonho, eu tinha que enfrentar meu medo e ir, foi o que fiz. Liguei pra minha mãe algumas vezes, e ela chorou todas elas. No avião me sentei ao lado de brasileiros, conversamos um pouco, assisti filme e depois de 10 horas voando cheguei a Amsterdã, Holanda. Passei pela imigração, não me fizeram perguntas, apenas carimbaram meu passaporte. Outro vôo até a Dinamarca, Billund. Lá passei por algumas perguntas e abriram minha mala, mas nada de muito complicado.
Assim que me permitiram “entrar no país” e saí pela porta da imigração vi 3 lindas crianças com uma placa colorida escrito Raquel Batiston e algumas bandeiras da Dinamarca. Com as crianças estava uma linda jovem mulher, que estava sorrindo pra mim, me deu um abraço e disse: Seja bem-vinda Raquelll ( com o L bem longo), esse era meu nome na Dinamarca.
Chegamos e ela me mostrou meu quarto e a casa toda, liguei para os meus pais e quando Jesper chegou com a pequena Anna eu aproveitei para entregar os presentes que havia levado do Brasil. Jesper fez algumas perguntas, mas eu nao entendia absolutamente nada que ele dizia. Winie disse que eu poderia dormir um pouco, mas eu queria ver as criancas, e foi isso que fiz. Eles estavam brincando na cama elástica, quando percebi que eles crianças cheias de energia, crianças felizes. Eles queriam me mostrar tudo, brinquedos, papéis, desenhos...
Winie anunciou o jantar. Eu havia contado que gostava de pizza e pipoca em um dos e-mails, sendo assim, tivemos pizza no jantar. Achei um pouco estranho ter pizza de feijão, mas era pizza mexicana, muito boa por sinal. Tinha pizza de mussarela com presunto também, a preferida das crianças e Coca-cola!!!
Dormi cedo nesse dia, estava cansada da longa viagem, mas me senti bem, sabia que tinha feito a escolha certa.

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